sábado, 15 de setembro de 2012

CERN descobre uma nova particula, provavelmente o Boson de Higgs


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   Na manhã de quatro de julho, duas equipes de cientistas proclamaram a descoberta do Bóson de Higgs, popularizado como “Partícula de Deus”. Essa partícula é teorizada por dar a outras partículas massa, desse modo, a não existência do Bóson de Higgs tornaria o nosso mundo em um grande amontoado de matéria sem massa correndo de um lado para o outro na velocidade da luz.
Em uma entrevista com a imprensa, Fabiola Gianotti afirma que a descoberta se suporta em um resultado com um sinal de 5 sigma, o que é significante pois este valor indica uma verdadeira descoberta científica.
“Essa é de fato uma nova partícula descoberta, nós sabemos que deve ser um Bóson, e que é o Bóson mais pesado que já encontramos.” Diz Joe Incandela, porta-voz do CMS (Compact Muon Solenoid), experimento que buscava encontrar o Bóson de Higgs.
Para fazer essas observações, o LHC (Large Hadron Collider) lançava partículas em altíssima velocidade uma contra as outras em prol da criação de colisões que pudessem gerar Bósons de Higgs.
   Porém, como o Bóson dura apenas alguns bilionésimos de bilionésimos de bilionésimos de segundo, o que os cientistas podem detectar são as marcas de existência deixadas pelo Bóson através do processo de decaimento. Os cientistas anunciaram que encontraram o que provavelmente são traços do Bóson de Higgs, com uma alta taxa de precisão.
   “É difícil não ficar animado com esses resultados,” diz o diretor de pesquisas do CERN, Sergio Bartolucci, em um anuncio “Nós dissemos ano passado que em 2012, ou nós acharíamos uma partícula parecida com a de Higgs, ou excluiríamos o modelo padrão de Higgs. Com todo o cuidado necessário, parece que chegamos a mais um ponto de virada: o estudo dessa nova partícula mostra um caminho para o futuro com um melhor entendimento do que está sendo visto nas informações obtidas.”
   Em entrevista, o astrofísico Adam Frank explica que as partículas que conhecemos, como elétrons e quarks não tem dimensão, não são bolas de bilhar com um raio e uma massa, e eles correriam exatamente como os fótons se não fosse a influência do campo de Higgs, advento dos Bósons de Higgs e que causam essas partículas a desacelerarem e ganharem a característica de “massa”.
   Ele explica que, apesar de os cientistas procurarem pelo Bóson de Higgs por mais de quarenta anos já, existem aqueles que querem ir além do modelo padrão, querem avançar mais ainda no conhecimento científico.
Ele ainda acrescenta que num futuro próximo, os aceleradores de partículas construídos pelos humanos não serão capazes de dar as respostas que os cientistas querem, e que aos poucos os olhos destes se virarão para a astronomia, em busca de colisões altamente energéticas de épocas remotas e até mesmo do surgimento do universo, mas que por enquanto o primeiro passo está dado, e o Bóson de Higgs pode abrir portas para uma física mais complexa e mais completa que a atual.

Julio Vitor Chamorro e Silva"

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