Do UOL em São Paulo
A USP (Universidade de São Paulo) está reforçando seu conteúdo audiovisual com acesso aberto para o público em geral - e não apenas para sua comunidade de alunos e docentes. Neste ano, a instituição já vem com novidades. Timidamente divulgado, mas disponível desde março, o e-Aulas reúne cerca de 880 vídeos com professores da instituição que explicam temas para lá de complexos que podem ser assistidos gratuitamente pela internet e em língua portuguesa.
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O site é dividido por áreas de estudo "Exatas, Humanas e Biológicas", mas há vários departamentos da universidade sem nenhuma videoaula para oferecer. O e-Aulas é um agregador. "O sistema está sendo implantado agora e será construído aos poucos", explica a professora Regina Melo Silveira, pesquisadora do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica que participa do projeto.
A maior parte dos vídeos vem de um curso semipresencial de licenciatura em Ciências, cujo material de estudo foi reaproveitado, ou de professores que cederam gravações feitas por iniciativa própria. Dependendo do tipo de conexão, alguns filmes "engasgaram" no início do acesso, mas levaram poucos segundos para serem transmitidos com perfeição. Os vídeos podem ser também compartilhados nas redes sociais.
Segundo o idealizador do e-Aulas, Gil da Costa Marques, 66, superintendente de TI (Superintendência de Tecnologia da Informação) e também professor da USP, o acervo é composto por 1.500 videoaulas que serão adicionadas, aos poucos, às atuais 880. Isso sem considerar as novas produções dos docentes que quiserem participar do programa.
Como um site em contrução que já ativo, o e-Aulas deve passar por etapas de aperfeiçoamento. Em janeiro, o sistema será integrado ao SIBi (Sistema Integrado de Bibliotecas). Assim, a pesquisa de um determinado assunto gerará como resultado livros, teses e artigos relacionados e vídeos produzidos sobre o tema.
Cinco canais
Outra novidade da USP, que será lançada em 21 de setembro, é a reformulação da ipTV, que terá oito horas de grade diária.
No ar há um bom par de anos como projeto experimental e "e, por isso, com vários problemas técnicos e funcionais", o site adotará um novo conceito. "Estamos indo para uma outra fase, que é a de ter cinco áreas com programação", diz Marques. "A interface atual está muito desatualizada."
Os poucos vídeos postados hoje na ipTV darão vez a cinco setores de conteúdo: tecnologia, arte e cultura, saúde, TV USP e ciência.
Com exceção deste último, que abrirá espaço para vídeos de outras órgãos como Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os demais serão alimentados, respectivamente, pela Escola Politécnica, pela ECA, pela Faculdade de Medicina e a própria TV USP.
Dessa forma, eventos acadêmicos como simpósios e conferências, por exemplo, poderão ser assistidos em transmissão direta ou vistos depois, quando melhor convir.
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