sexta-feira, 29 de julho de 2011

Enem 2011

ARTIGOS DE DICAS PARA O ENEM 2011


A Química do Amor


Cupido usando o arco e a flecha impregnados de noradrenalina.
Você já ouviu esta frase: Rolou uma química entre nós! Será que existe mesmo uma explicação científica para o amor? 
O sentimento não afeta só o nosso ego de forma figurada, mas está presente de forma mais concreta, produz reações visíveis em nosso corpo inteiro. Se não fosse assim como explicar as mãos suando, coração acelerado, respiração pesada, olhar perdido (tipo "peixe morto"), o ficar rubro quando se está perto do ser amado?
Afinal, o amor tem algo a ver com a Química? Na verdade O AMOR É QUÍMICA! Todos os sintomas relatados acima têm uma explicação científica: são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão: adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas. Viu como são necessários vários hormônios para sentir aquela sensação maravilhosa quando se está amando? 
A dopamina produz a sensação de felicidade, a adrenalina causa a aceleração do coração e a excitação. A noradrenalina é o hormônio responsável pelo desejo sexual entre um casal, nesse estágio é que se diz que existe uma verdadeira química, pois os corpos se misturam como elementos em uma reação química. 
Mas acontece que essa sensação pode não durar muito tempo, neste ponto os casais têm a impressão que o amor esfriou. Com o passar do tempo o organismo vai se acostumando e adquirindo resistência, passa a necessitar de doses cada vez maiores de substâncias químicas para provocar as mesmas sensações do início. É aí que entra os hormônios ocitocina e vasopressina, são eles os responsáveis pela atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura, afinal, o amor é eterno!

Por Líria Alves
Graduada em Química
Equipe Brasil
Escola

Por quê você sente tanto sono?


Escrito por Gabriel Hunzicker Skiba

   Hora de dormir e hora de acordar. Despertar mais cedo para trabalhar. Acostumar com horário de verão. Viajar para outros países e se adaptar ao fuso horário. Todos temos relógios que se ajustam aos ciclos ambientais. O que são estes relógios, onde estão, como interagem com o organismo e com o meio são as perguntas que a cronobiologia tenta explicar.
   A sincronização do organismo aos ciclos ambientais funciona exatamente como o ajuste de um relógio ao horário local de uma cidade. Quando viajamos para outra região em que existe diferença de fuso horário, mecanismos são desencadeados para gerar uma adaptação do corpo à nova situação enfrentada. O mais curioso é que  o ritmo biológico é gerado pelo organismo com um período diferente de 24 horas. A grande maioria das pessoas apresenta um ciclo de sono e vigília acima desse horário.
   Pessoas vespertinas apresentam um rendimento melhor durante à noite. Trabalham, estudam e ficam até altas horas acordadas sem nenhum problema. Consequentemente acordam mais tarde para compensar o tempo que estavam em atividade. Essas pessoas representam o grupo cujo relógio biológico está sincronizado num tempo acima de 24 horas. Já as pessoas matutinas têm facilidade para acordar cedo e apresentam um ótimo desempenho pela  manhã. Acordam felizes, de muito bom humor e estão dispostas a ir pra academia às 5h30min, se for o caso. Nessas situações, seus ritmos estão ajustados num período menor que 24 horas ambientais. Constantemente essas pessoas tendem a acordar mais cedo, já que são naturalmente mais “adiantadas”, assim,  devem atrasar seu relógio biológico para ajustar-se ao horário diário. Em contrapartida, esse ajuste torna-se um esforço sobrenatural para alguns vespertinos, quando tratamos do horário de verão. A dificuldade de acordar cedo para eles já é natural, e aumenta quando chega o novo horário. Como adaptação, novos e sensíveis ajustes diários ocorrem em seus ciclos circadianos a cada dia. Isso significa que temos que “dar corda” diariamente em nossos relógios naturais.
   Várias situações podem modificar o funcionamento dos nossos relógios. Estresse, alimentação, medicamentos e doenças são relevantes, porém nada é considerado mais influente que a alternância de claro e escuro como principal sincronizador dos ritmos biológicos.
  A simples presença ou ausência de luz ativa os relógios biológicos localizados no hipotálamo. Essas informações que trafegam pelo sistema nervoso a partir da retina são responsáveis pelo ajuste do chamado sistema de temporização, e caminham por vias independentes daquelas envolvidas na formação de imagens. Tal região no cérebro reconhece se é dia ou noite e é capaz de sinalizar para todas as células essa informação. Isso ocorre de maneira curiosa, já que a luminosidade é captada por determinados nervos localizados nos olhos, e conduzida até o hipotálamo. Lá, o estímulo luminoso é convertido em informação hormonal que irá ativar uma segunda glândula situada na base do encéfalo: a pineal.
   A glândula pineal, por sua vez, libera um hormônio chamado melatonina, que muitos leitores conhecem, e provavelmente já tiveram um contato mais íntimo. Quanto menor a quantidade de luz, maiores as concentrações plasmáticas de melatonina. Os efeitos desse hormônio induzem ao sono, tornando as pessoas propícias a dormir. Em contrapartida, com o aumento da luminosidade e mesmo com os olhos fechados, a secreção de melatonina diminui e a pessoa inicia seu estado de vigília. Por isso acordamos naturalmente, quando estamos com a cortina do quarto aberta. Em determinadas regiões, onde escurece mais cedo, a liberação da melatonina inicia antes. Da mesma forma, a sua depleção também acontece antes, com o nascer do sol.
   Pessoas que trabalham durante a noite encurtam o período de liberação da melatonina, que também é considerado um antioxidante natural, chamado anti-age. Desta forma, supõe-se que quanto menor o tempo de secreção da melatonina, menor sua atividade antioxidante e maior a ação dos radicais livres que levam ao envelhecimento precoce. O velho ditado diz que quem dorme mais vive menos. Não neste caso.

Gabriel Hunzicker Skiba é biólogo, professor de pré-vestibulares e mestrando pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Fonte: Unificado

Dicas para Vestibulandos

CUIDADOS PESSOAIS
   Depois de tanto esforço, é importante tomar alguns cuidados para não ser eliminado no vestibular.
1. Releia com atenção o Guia do Candidato (horário das provas, material, etc.).
2. Visite com antecedência o local onde você irá realizar as provas.
3. Defina o meio de transporte que utilizará nos dias de realização das provas.
4. Tire duas cópias autenticadas da carteira de identidade e comprovante de inscrição (guarde-as em casa).
5. Durma cedo (2 ou 3 despertadores diferentes, por precaução).
6. Tome alguns cuidados com a alimentação.
7. Mantenha-se atualizado por meio do noticiário da imprensa.
8. Tenha confiança e calma que a vitória virá.

NA VÉSPERA, CONCENTRAÇÃO!
Dificilmente você aprenderá alguma coisa de um dia para outro. Mas é interessante que dê uma espiada em algumas anotações, se isso o deixar menos ansioso. Não invente de, justamente no dia que antecede a prova, experimentar um leitão à pururuca com torresmo e ficar fora de combate por 72 horas. Dê preferência a alimentos leves, de fácil digestão. E, por favor, durma cedo!

NO DIA, AQUECIMENTO!
   Pelo menos no dia da prova, siga os conselhos de sua mãe, ou da sábia vovó: tome um café reforçado, faça um almoço leve e saia de casa com tempo suficiente para chegar ao local de prova, sem afobação. Tranqüilidade é o lema.

NA HORA, VOCÊ JÁ SABE!
   Não se apavore com as questões que você não sabe e que estão no início da prova. Dê uma olhada geral e comece a resolver os assuntos que você domina. Deixe um relógio à mão, mas nada de ficar de olhos pregados nos ponteiros. Se sobrar tempo, não entregue a prova sem antes dar uma boa revisada nela, especialmente na prova de redação.
Preencha o gabarito com cautela. Marque as respostas a lápis e depois pinte o gabarito, conforme as orientações dadas.

DEPOIS, RELAXE!
   Nada de voltar correndo para casa e procurar as respostas nas apostilas. Vá direto ao endereço www.expoente.com.br/revistadovestiba, no qual você encontrará o gabarito das provas, com dicas dos professores, e, tão logo saiam os resultados, a lista de aprovados. Acabado todo o estresse, é hora de reunir os amigos para jogar conversa fora e dar um tempo para o corpo e a cabeça, para poder enfrentar as novas etapas que surgirão.


NÃO EXAGERE
   Sua capacidade de assimilar informações não é ilimitada. Portanto, não adianta ler sem parar se o cérebro não está mais armazenando informações.

PEQUENOS INTERVALOS
   O cansaço e a fadiga são prejudiciais à memorização, por isso, devemos fazer intervalos antes de ficarmos cansados, e você saberá a hora de fazê-los, pois, começará a sentir-se irritado e desatento. Aí então, é benéfico o descanso e, ao contrário do que pensam alguns, não quebrará o ritmo, nem causará dispersão, e sim, lhe dará nova disposição.

LEIA TUDO
   Leia livros, revistas e jornais não apenas o material didático. A leitura ajuda a articulação de idéias, melhora o vocabulário e prepara para a compreensão de enunciados na hora da prova.

SEJA MENOS ESPECÍFICO
   Em geral, as provas específicas são as mais fáceis para quem vai fazer o exame. Então, dedique um pouco do tempo da reta final às matérias não específicas. É possível que você aprenda algo novo que fará a diferença na hora do vestibular.

EQUILÍBRIO
   Todo ser vivo é constituído por corpo e espírito. O corpo é alimentado nas refeições equilibradas e o espírito deve ser alimentado com uma boa fluidez de pensamentos. No período que antecede e durante as provas do vestibular recomendamos passeios nos parques, conversas com pessoas de mais idade que muitas vezes já passaram por problemas que você está vivendo, o abraço sem compromisso e a brincadeira com crianças. Situações como essas estão ao alcance de todos e promovem riqueza espiritual.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Compreendendo a Tabela Periódica

Você aprendeu que a tabela periódica é um instrumento útil e prático que apresenta importantes informações a respeito dos elementos químicos.
Ela foi sendo organizada a partir do trabalho de diversos pesquisadores.
Você sabia que Dmitri Mendeleiev (1834-1907) relata que chegou à solução de um dos maiores quebra-cabeças da história da química por meio de um sonho? Ele afirma ter visto uma tabela em que todos os elementos se encaixavam como requerido. Ao despertar, escreveu-a imediatamente numa folha de papel."
Acesse o siteUol e conheça um pouco mais sobre essa interessante história:
Mas, por que ela ganhou o nome de tabela periódica? O que a caracteriza? Acesse o site Centro de Divulgação Científica e Cultural e leia a respeito de seus aspectos históricos: www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabela1.html
Interessante, não é mesmo? Cada cientista faz sua proposta com os demais pesquisadores relacionados da mesma área de estudo fazendo sugestões, descobrindo novos elementos químicos e uma tabela cada vez mais completa e funcional foi sendo organizada.
Mas, o que significam as posições ocupadas pelos elementos químicos? Acesse o site Furtado e observe as leis periódicas. Para tanto, clique embaixo da tabela em: elementos representativos, elementos de transição, densidade, entre outros e observe como existe uma organização bem detalhada em que os elementos ocupam posições fixas que seguem uma regra de distribuição: www.furtado.com.br/quimica/
 Agora que tal conhecer um pouco mais sobre cada um dos elementos químicos da tabela periódica? Acesse o site UFRJ e clique sobre os elementos químicos que mais chamarem a sua atenção. Leia sobre as aplicações e as ocorrências deles na Natureza: www.if.ufrj.br/teaching/tabela/st2.html
Para finalizar a atividade, escolha dois elementos químicos dos muitos observados por você. Colete dados em relação à posição que eles ocupam na tabela periódica, a sua ocorrência na Natureza, suas aplicações práticas e monte uma pequena apresentação sobre ele para os seus colegas e professor. Seria interessante que cada aluno escolhesse dois elementos diferentes dos seus colegas para que um maior número deles fosse apresentado em sala.

Saiba mais!

• E-ciencia – apresenta as características dos elementos químicos

terça-feira, 26 de julho de 2011

O quarto estado da matéria

   
    O plasma, chamado por alguns cientistas de quarto estado da matéria, pode ser atingido quando uma substância em estado gasoso é aquecida a altíssimas temperaturas, cerca de dezenas de milhares a milhões de graus. Ao chegar nessa temperatura, os elétrons são perdidos ou arrancados dos átomos neutros, o que resulta em íons positivos juntamente com os tais elétrons. Essa gigantesca salada gasosa é o plasma, um estado eletricamente neutro, porém contendo apenas elementos carregados. Apesar de não o encontrarmos facilmente em qualquer esquina, o plasma existe de alguma forma em 99% do universo, inclusive nos relâmpagos, chamas muito quentes, nebulosas e nas estrelas. Nenhum material conhecido é capaz de contê-lo. 

É perigoso agitar um recipiente com água que acaba de sair do microondas?

     No microondas, a água ferve homogeneamente e pode atingir 100 graus Celsius sem entrar em ebulição. Mas, se o recipiente for agitado, as bolhas de ar que ficam presas junto às paredes podem se soltar e desencadear uma fervura repentina. "No fogão, o risco não existe porque o recipiente se aquece de maneira desigual", explica Cláudio Furukawa, físico da Universidade de São Paulo. "Formam-se correntes que liberam as bolhas".


Fonte: Revista SuperInteressante (Maio/2000)

Por que o milho de pipoca arrebenta?


    O milho é muito duro e retém pequenas bolhas de ar em seu interior.
   Quando o milho esquenta, o ar retido tenta expandir-se, aumentando mais de 20 vezes o seu volume. 
    As moléculas do ar movimentam-se com rapidez e pressionam cada vez mais fortemente as paredes resistentes das pequenas bolhas, até que elas se rompem e os grãos de milho explodem em pipocas leves e macias. 

Hidratação e os Isotônicos

     Quem não transpira litros de suor quando pratica alguma atividade física, principalmente exercícios aeróbicos como uma corrida ou uma partida de futebol? Mas por que suamos? O ser humano é um animal homeotérmico, ou seja, tem a necessidade de manter sua temperatura corporal constante, em torno de 37ºC. Durante a prática de alguma atividade física ou quando a temperatura externa é elevada, como no verão, por exemplo, a temperatura do corpo vai aumentando e, para mantê-la estável, é necessário perder calor. Por isso, transpiramos. A água é boa condutora de calor e, enquanto você sua, ela vai resfriando seu corpo.
         Como nosso corpo perde bastante água, sentimos bastante sede depois que suamos. Só que, em vez de água, alguns acham melhor tomar bebidas isotônicas, que prometem reposição hídrica imediata. E o que são essas bebidas? Os isotônicos, como são popularmente conhecidos, foram desenvolvidos para repor líquidos e sais minerais perdidos pelo suor durante a transpiração, pois possuem a concentração ideal desses nutrientes para o corpo. Hoje, porém, está tão disseminada a ingestão de isotônicos que é importante revermos a que fim eles se destinam. No consultório, recebemos mães que dão isotônicos aos seus filhos no café da manhã, certas de que estão lhes dando "vitamina". No entanto, essa prática é totalmente equivocada.
         As bebidas isotônicas têm grande concentração de sais minerais como o sódio e o potássio e são destinadas a desportistas para reposição desses nutrientes. Não devem ser tomadas como um refrigerante ou um suco. Estudos mostram que pessoas que ingerem essas bebidas diariamente e não perdem sais minerais através do suor podem sobrecarregar os rins, pois o nosso organismo precisa eliminar o excesso de minerais.
         Além disso, nem sempre as pessoas necessitam de isotônicos após uma atividade física. Se você praticar exercícios moderados por uma hora ou menos, a água é mais recomendada para a reposição hídrica. Mas se você for correr uma maratona ou pratica um esporte de longa duração, como tênis ou futebol, eles podem dar uma mãozinha para você repor o que perdeu. O importante é não exagerar e lembrar-se sempre de beber muito líquido antes, durante e após qualquer exercício ou esporte, mesmo que a sede não apareça.

       Divirta-se neste verão, bem hidratado!

Alguns usos das bebidas isotônicas
- Após atividades físicas;
         Durante exercícios intensos e de longa duração, pode-se perder até 1,5 litro de suor por hora e, conseqüentemente, grandes quantidades de sais minerais e água. A reposição hídrica e de nutrientes pode ser feita com água pura, isotônicos ou água de coco, que é um repositor natural;

- Desidratação:
         O uso dos isotônicos em casos de desidratação depende de recomendação médica. É muito comum, porém, a sua utilização no tratamento de alguns tipos de desidratação em crianças, pois não provocam diarréia e não possuem substâncias que inibem ou diminuem o poder de absorção intestinal.

O mol e a gastança de dinheiro

    Você já imaginou quanto realmente vale um mol? 
6,02 . 1023 moléculas.
    Mas quanto exatamente isso equivale? Se, ao nascer, você ganhasse 1 mol em dinheiro para gastar a cada segundo de vida um real sabe em quanto tempo esse dinheiro acabaria?
    Seriam necessários 190.892.947.742.262.810 anos, 275 dias, 22 horas, 13 min, 19 seg, 59 milionésimos.
    Certamente sua descendência não reclamaria da falta de dinheiro.
    Se fossem 1.000 reais por segundo, iria demorar 190.892.947.742.262 anos, 295 dias, 22 horas, 13 min, 20 seg.
    Se fossem 1 bilhão de reais por segundo 19.089.294 anos, 282 dias, 14 horas, 13 min, 20 seg.
     Se fossem 1 quatrilhão de reais por segundo 19 anos, 32 dias, 14 hora, 13 min, 20 seg.

sábado, 23 de julho de 2011

Sites de Física e Química

   Clique sobre a imagem para acessar o site escolhido:


Física.net

Física Moderna

Física na Veia

LabVirt

Malhatlantica

Mosaico.edu

Quiprocura

Sociedade Brasileira de Física

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Química Orgânica I

Introdução à Química Orgânica
A química orgânica remonta ao final do século XVII, nasceu com a curiosidade e a busca dos alquimistas e evoluiu até a uma ciência moderna.

O método da repetição e observação daquela época apontava as diferenças inexplicáveis entre as substâncias obtidas dos seres vivos (animais e vegetais) cuja decomposição era rápida, e, daquelas retiradas dos minerais, bem mais estáveis.


1. Histórico

           O químico sueco Torbern Bergman, em 1777, foi o primeiro a expressar a diferença entre substâncias “orgânicas” e “inorgânicas”, e o termo químico orgânica logo passou a denominar a química dos compostos sintetizados e encontrados em organismos vivos.
        Em 1807, outro químico sueco, Jöns Jacob Berzélius lançou a idéia da “Teoria da Força Vital”, segundo a qual somente os seres vivos possuiriam uma “força vital” capaz de produzir os compostos orgânicos, criando a idéia de que substâncias orgânicas jamais poderiam ser sintetizadas, isto é, serem preparadas artificialmente num laboratório ou numa indústria, portanto, esses compostos não podem ser sintetizados fora dos organismos vivos (in vitro). 
         Em 1816 Michel Eugène Chevreul produziu o sabão, produto da reação de álcalis (hidróxido) com gordura animal e afirma que poderia ser separado em diversos compostos orgânicos puros, que ele próprio denominou “ácidos graxos”. Era a primeira vez que uma substância orgânica (gordura) fora convertida em outras (ácidos graxos e glicerina) sem a intervenção de uma força vital externa.
        Um pouco mais de uma década depois, a “Teoria da Força Vital” sofreu outro golpe quando FriedrichWöhler, aluno de Johann Friedrich Gmelinque anos antes chamara a atenção para o fato de todos os compostos orgânicos conhecidos possuírem carbono, descobriu, em 1828, que era possível converter o sal “inorgânico”, cianato de amônio, na substância “orgânica” já conhecida como uréia, que havia sido previamente encontrada na urina humana. Veja a síntese de uréia in vitro: 

Essa síntese abalou profundamente o meio científico da época. No entanto, essa idéia ainda perdurou por muito tempo, tendo sido aventada a hipótese de que o cianato de amônia usado por Wöhler teria provindo da calcinação de ossos e, portanto, ainda apresentava a força vital.
No ano de 1848, o químico William Thomas Brande afirma: “Não se pode traçar nenhuma linha divisória definida entre a química orgânica e a química inorgânica... Quaisquer distinções... devem ser consideradas daqui para frente como sendo de caráter meramente prático, para favorecer a compreensão dos alunos”.
A partir desta data outros compostos orgânicos foram obtidos em laboratório, derrubando totalmente o vitalismo.
E, em 1854, Marcelino Berthellot, sintetiza muitos compostos orgânicos em laboratório (álcool etílico, C2H5-OH, álcool metílico,CH3-OH, Acetileno, C2H2, etc) e "enterra" a teoria da força vital.
Assim, finalmente em 1859, Friedrich August Kekulé (1829-1896) redefine química orgânica:

    Química orgânica é a química do carbono e seus compostos.

Atualmente a química é única, assim, dos compostos inorgânicos mais simples aos compostos orgânicos mais complexos todos são regidos e explicados pelos mesmos princípios, diferenciados pela característica singular dos compostos orgânicos onde todos contêm o elemento carbono.
E essa divisão iniciada por razões históricas, mantém só se mantém conveniente para facilitar e acelerar a compreensão do assunto pelos estudantes.

2. Algumas diferenças entre compostos orgânicos e inorgânicos

I. Número de compostos e elementos formadores. Apesar do elevado número de compostos orgânicos, o número de elementos que os constituem é muito pequeno. Na constituição dos compostos inorgânicos participam dezenas de elementos químicos diferentes.
II. A maior parte dos compostos orgânicos se decompõe quando aquecidos a uma temperatura de 500 °C. Na inorgânica, são raros os compostos que se decompõem nessa temperatura. Como exemplo, podemos comparar a estabilidade térmica do açúcar comum (sacarose) e do sal comum (cloreto de sódio). 
III. A maioria dos compostos orgânicos é combustível, isto é, reagem com gás oxigênio, formando (no caso da chamada combustão total) gás carbônico e água.
A queima de álcool etílico (álcool comum) pode, então, ser equacionada da seguinte maneira:
C2H6O(l) 3O2(g) à 2CO2(g) 3H2O(g)
A combustão é, portanto, um outro procedimento experimental para diferenciar um composto orgânico de um inorgânico. Havendo formação de gás carbônico, torna-se evidente a presença de carbono.
IV. A ligação química que predomina nos compostos orgânicos é a ligação covalente; por isso, a maioria dos compostos orgânicos é molecular. 
V. Os compostos orgânicos são geralmente insolúveis em H2O. Isto acontece porque são, em geral, covalentes apolares, enquanto a H2O é covalente polar (semelhante só dissolve o semelhante). 
VI. São biodegradáveis (ou fermentáveis), combustíveis ou explosivos porque possuem muita energia interna (ou potencial) na molécula, a qual tende a se libertar. É esse, inclusive, o motivo pelo quais os alimentos são formados basicamente por compostos orgânicos.
Exemplos
1) Biodegradáveis à alimentos, detergentes, etc.
2) Combustíveis à álcool, gasolina, querosene, gás de botijão, etc.
3) Explosivos à trinitrotolueno (TNT), nitroglicerina, metano, acetileno, gasolina, etc.