sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um novo combustível

    Sabemos que as fontes de energia constituem um dos elementos básicos da infra-estrutura econômica de uma nação. Aqui no Brasil, por exemplo, o petróleo ocupa o segundo lugar entre as fontes de energia mais consumidas, respondendo por cerca de 35% do fornecimento, ficando atrás apenas da energia hidráulica. Em outras partes do mundo essa realidade também não é muito diferente.
    Além de servir como fonte de energia, o petróleo é uma importante matéria-prima para vários tipos de indústrias, principalmente as metalúrgicas e siderúrgicas. Sendo assim, em um momento em que se buscam soluções como alternativas para sua substituição, pesquisadores franceses e espanhóis desenvolvem um projeto experimental que tem como objetivo reproduzir e acelerar um processo que durou milhões de anos e permitiu a produção de petróleo fóssil. Trata-se do biopetróleo, um tipo de combustível produzido com microalgas que se alimentam de anídrido carbônico ou dióxido de carbono.
A produção
    Os pesquisadores montaram uma estrutura com cerca de 400 tubos de cor verde escura nos quais crescem milhões de microalgas que foram recolhidas no mar Mediterrâneo e no oceano Atlântico e são procedentes de cepas.
    Os tubos estão localizados em uma planície da região espanhola, perto de um cemitério que expele CO2 - gás que é capturado e levado por meio de tubulações até a pequena fábrica de biopetróleo. Neles, as microalgas se reproduzem em grande velocidade, por intermédio da fotossíntese e do CO2 emitido pelo cemitério. No processo, uma parte do líquido produzido é extraída e filtrada, permitindo a obtenção de uma biomassa que produzirá petróleo. Já a água restante volta a ser introduzida nos tubos.
    De acordo com o engenheiro Eloy Chapuli, um dos responsáveis pelo projeto, "tentamos simular as condições que havia há milhões de anos, quando o fitoplâncton transformou-se em petróleo. Dessa forma, obtivemos um petróleo equivalente ao petróleo atual", explica ele.
Vantagem
    Segundo os seus inventores, a grande vantagem desse sistema é que além da produção do que pode se tornar o combustível do amanhã, “ajuda a acabar com a contaminação: absorve CO2, que de outra forma acabaria na atmosfera”.
    Segundo o engenheiro francês Bernard Stroïazzo-Mougin, presidente e fundador da Bio Fuel Systems (empresa responsável pela produção do combustível), o biopetróleo "é um petróleo ecológico". Depois da descoberta, a empresa, de capital privado, busca negociar com os países o patrocínio para instalação de campos petrolíferos artificiais.

O Petróleo

    Há diversas teorias para explicar a existência do petróleo, porém a mais aceita é a que explica o surgimento do ouro negro a partir da decomposição de restos orgânicos que sofreram diversas reações químicas em um ambiente de alta pressão e calor.
    O petróleo se apresenta como uma combinação de vários compostos orgânicos, em geral hidrocarbonetos, envolvendo elementos como enxofre, carbono, oxigênio, hidrogênio, dentre outros, e aparece sob forma gasosa, líquida ou sólida. Nos depósitos em se que encontra petróleo, há também água salgada e uma mistura de gases que provocam alta pressão fazendo com que o petróleo ascenda através de poços perfurados.
    O petróleo é oleoso em sua forma líquida, altamente inflamável, solúvel em água e menos denso que ela. Sua coloração varia entre pardo - escuro e negro e é encontrado em jazidas no subsolo da crosta terrestre. Através do petróleo é possível obter produtos como combustíveis e outros materiais, que são utilizados na fabricação de borracha sintética, sabões, tecido sintético, tinta, medicamentos, dentre muitos outros insumos.
Brasil: 16º maior produtor de petróleo
    Vale ressaltar que no cenário mundial, o Brasil ocupa o 16º lugar no ranking dos maiores produtores de petróleo e nas mais de 20 bacias petrolíferas conhecidas no país, a produção ultrapassa 1,5 milhão de barris ao dia.
Fonte: Escola 24h

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